Operário insiste até o fim, vence o Azuriz e pega o Athletico na semifinal
FOTO: André Jonsson/OFEC.
O Operário está nas semifinais do Paranaense 1xBet 2024. Com uma vitória por 1×0 sobre o Azuriz, nesta segunda-feira (11), no Germano Krüger, o Fantasma se credenciou para enfrentar o Athletico na luta por uma vaga na decisão do campeonato. O Rubro-Negro goleou o Londrina no domingo (10), por 6 a 0, na Ligga Arena.
O Alvinegro chegou ao embate decisivo das quartas de final embalado pelo sucesso na Copa do Brasil. Na última quinta-feira (7), a equipe de Rafael Guanaes havia batido o mineiro Villa Nova, por 2 a 0, avançando à terceira fase do torneio mata-mata nacional. Resultado que reforçou a boa fase vivida no Estadual.
Diante do Azuriz, o Operário emplacou seu oitavo jogo de invencibilidade na competição. O empate sem gols na ida obrigava os dois times a vencer para prosseguir no Paranaense 1xBet 2024 sem a necessidade das penalidades máximas. Quarto colocado na fase classificatória, o Fantasma aproveitou o mando de campo, com golaço de Hipólito, já no final do duelo. Manteve ainda a meta invicta pela 7ª vez em 13 partidas disputadas no Estadual. A partida acabou marcada também por acusações de racismo feitas por jogadores do Azuriz contra um torcedor adversário.
O jogo
O confronto começou com muita correria, muita marcação, e poucas chances de perigo criadas. Apesar das dificuldades ofensivas dos dois lados, aos 27 minutos, o Azuriz chegou perto de abrir o placar. Williams Bahia cruzou da direita, a bola foi afastada pela defesa e acabou nos pés de Xavier, que bateu com força. Rafael Santos defendeu e, na sequência, teve que se virar para impedir a finalização de Wellisson no rebote.
A partida seguia quente, mas com poucas finalizações, quando um bate-boca acalorado entre os treinadores forçou a paralisação do jogo. A confusão ganhou intensidade e surgiram empurrões entre os jogadores, que a essa altura rodeavam os comandantes. Rodolpho Toski Marques expulsou Gilson Kleina e Rafael Guanaes, mas o entrevero entre eles ainda seguiu alguns minutos, até Kleina ser convencido a seguir para o vestiário.
Pouco depois da retomada do jogo, o Operário teve sua melhor oportunidade. Vinicius Diniz bateu cruzado, a bola desviou na perna de Arthur, que saía da meta, e subiu, tomando a direção do gol. Jhonatan desviou de cabeça, segurando o 0x0. As duas equipes seguiram rondando a área adversária, sem muito perigo.
No segundo tempo, o Fantasma mostrou mais disposição de ficar no campo de ataque, enquanto a Gralha foi se apegando aos cada vez mais raros contragolpes. Aos 18 minutos, Guilherme Pira, que entrou no lugar de Vinícius Diniz, cruzou pela direita e Ronaldo cabeceou, tirando tinta da trave do Azuriz. Dois minutos depois, Felipe Augusto desviou cobrança de escanteio, de cabeça, e o goleiro Arthur espalmou para fora. O arqueiro dos visitantes também apareceu aos 35 minutos, se esticando para barrar o arremate de Neto Paraíba.
A insistência do Operário deu resultado. Poucos minutos depois de entrar em campo, Hipólito recebeu passe de Pacheco na entrada da área. O camisa 13 arriscou de canhota, no instante em que chegava a marcação, e acertou o ângulo, sem chances para Arthur. Placar aberto com um belo gol, aos 40 minutos do segundo tempo. A reação ficou ainda mais complicada para a equipe de Pato Branco aos 43 minutos, no momento em que Daniel Dias foi expulso. Melhor em campo, o Fantasma quase ampliou aos 45, quando Ronaldo driblou o goleiro e bateu cruzado, acertando o pé da trave.
Quando a partida já estava nos acréscimos, nova paralisação. Jogadores do banco de reserva do Azuriz reclamaram de racismo, que teria sido cometido por um torcedor, que acabou não sendo identificado pelos atletas. Depois de cerca de 4 minutos, o jogo foi retomado, sem que os visitantes conseguissem reagir no placar.
“Mostra a força do grupo. Quem entra vai bem. É uma equipe e é assim que conseguimos grandes objetivos. Com todo mundo sendo importante”, vibrou Hipólito, que marcou seu segundo gol com a camisa alvinegra. “Veio em boa hora, em um momento difícil, como também já tinha sido o primeiro”, contou.
Mendes, do Azuriz, lamentou a eliminação, mesmo com o clube tendo garantido uma vaga na Série D do Brasileirão em 2025 com a campanha no Estadual. “Deixamos o clube numa situação melhor do que encontramos. Estamos felizes por esse lado, mas a gente fica triste porque nossa expectativa na competição era maior. A gente se doou ao máximo. A equipe está de parabéns. Se doou, se entregou um pelo outro”, comentou. O camisa 6 disse ainda não ter ouvido os insultos racistas, mas que confia na palavra dos companheiros. “Se eles falaram que teve, eu acredito que teve. Infelizmente, isso é cultural. É coisa que vem de família, vem de berço. Mas, se realmente houve racismo, isso mostra mais sobre quem falou do que sobre nós”, concluiu.
A Federação Paranaense de Futebol mantém uma campanha permanente contra o racismo, com visibilidade em placas nos estádios e no site da instituição. Saiba mais