Federação Paranaense de Futebol

Curitiba pé quente, Canarinho Pistola, medalhista, quero-quero e tudo o mais que você não viu na TV

Os bastidores do jogo da Seleção Brasileira em Curitiba

FOTO: André Pugliesi / FPF

Um jogo de futebol vai bem além do duelo entre as equipes dentro do gramado, ao longo dos 90 minutos. E, mais ainda, em noite de seleção brasileira. De volta a Curitiba, após 21 anos, veja tudo o que aconteceu nos bastidores, nos camarotes, nas arquibancadas do Couto Pereira no triunfo do Brasil ante o Equador, por 1 a 0, gol de Rodrygo, sexta-feira (6), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

O recorde é nosso

O duelo internacional marcou o recorde de público do Couto Pereira na temporada, com 36.914 pessoas. Até então, a maior presença registrada no estádio era de Grêmio e Estudiantes, empate por 1 a 1, quando 32.472 pessoas compareceram ao estádio pela Libertadores da América.

FOTO: André Pugliesi / FPF

Curitiba pé quente

A capital do Paraná manteve a fama de pé quente ao receber a seleção brasileira. A vitória sobre o Equador foi a oitava da equipe nacional em solo curitibano em 11 jogos, com ainda três empates e nenhuma derrota.  Na vez anterior, em 2003, empate por 3×3 contra o Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, com gols de Kaká e Ronaldo (2).

Escalação

Antes do jogo, o telão e os alto-falantes do Couto Pereira, estádio do Coritiba, trouxeram a escalação inicial da seleção brasileira e o nome do atacante Vinícius Júnior, disparado, foi o mais aplaudido pelos torcedores. Entre as crianças  nem precisou fazer pesquisa nenhuma para descobrir. Estava em vários cartazes. João Morozini, de apenas 12 anos, que pela primeira vez viu o Brasil no estádio, acompanhado do pai, Edson, homenageou o atacante do Real Madrid e ainda aproveitou para pedir a camisa do palmeirense Estevão. Aos 10 minutos do segundo tempo, parte da torcida começou a pedir, em coro, Estevão, já negociado com o Chelsea. Se o técnico Dorival Júnior levou em consideração, não se sabe, mas logo em seguida chamou o avante para entrar em campo.

Cardápio 4, 5 e 6 estrelas

Os camarotes do Couto Pereira tiveram cardápio especial, divididos em três tipos: tetra, penta e hexa. No menu de quatro estrelas, bruschetta de tomate e manjericão, sanduíche de caponata e brigadeiro, entre outras variedades. Na divisão cinco estrelas, ainda tinha mousselina de batata baroa e cubos de mignon. E o no mais caprichado, o hexa, uma especialidade paranaense, o barreado com banana da terra e salsa crespa.

Lotou e acabou o pão com bolinho

Pouco mais de uma hora para o apito inicial do árbitro argentino Facundo Tello, o Couto Pereira já estava praticamente lotado. Filas se formavam para comprar comida e quem quisesse o pão com bolinho, o mais procurado, precisou esperar uma segunda leva.

Do Japão para o mundo

Você certamente já ouviu, em alguma coletiva da seleção brasileira, uma repórter falando em português, mas com forte sotaque, pausadamente, na cadência do japonês. É a Kyiomi Nakamura, da Easy News, que desde 98 segue o time canarinho por todo o mundo. No Couto Pereira, a simpática jornalista, esteve mais uma vez presente.

FOTO: André Pugliesi / FPF

Trilha sonora

A organização da partida aqueceu o público antes do jogo com rock, basicamente internacional: Red Hot Chili Peppers, U2, Pearl Jam, Guns n’ Roses, Metallica, AC/DC, Queen, entre outros conjuntos, compuseram a trilha sonora. Mais próximo do jogo, o som que vinha dos alto-falantes variou, com o pagode “Ousadia e Alegria”, de Thiaguinho, e houve espaço ainda para o axé de Ivete Sangalo, com “Sorte Grande”, aquela do “levantou poeira”. Uma espécie de hino informal do Brasil, a música Evidências, de Chitãozinho e Xororó, contagiou a todos e fez a torcida iluminar o Alto da Glória com as lanternas dos celulares.

Tietaço

Novo titular da transmissão do Brasil na Globo, o narrador Luís Roberto viu uma fila se formar diante de si para selfies. Atendeu a todos com camaradagem, o mesmo em se tratando do comentarista Caio que, em alguns momentos, fez também às vezes de fotógrafo para auxiliar os fãs. Completou a equipe de TV aberta, a comentarista Ana Thais Matos.

FOTO: André Pugliesi / FPF

Canarinho pistola e medalhista olímpica

O Canarinho Pistola, mascote da seleção brasileira, fez o sucesso costumeiro. Em especial, com as crianças, que ganharam a companhia da figura nos vestiários do estádio, antes da entrada em campo. Depois, ele desfilou pelo estádio acompanhado da medalhista olímpica Júlia Soares, da ginástica artística, bronze em Paris 2024. Vestindo uma camisa autografada da seleção brasileira, Júlia distribuiu simpatia e arriscou fazer algumas acrobacias num piso diferente, o gramado do Couto Pereira.

 

Soy Ecuador

A imprensa equatoriana compareceu em grande número para cobrir o desafio de La Tri em território brasileiro. 35 profissionais foram credenciados para a partida. A torcida do Equador também esteve presente no setor de visitantes do Couto. Cerca de 100 torcedores.

FOTO: Fabio Wosniak / FPF
FOTO: André Pugliesi / FPF

Donos do campo

Presenças assíduas do gramado do Couto, os Quero-Queros não ficariam de fora de um jogo da seleção brasileira. Em boa parte do jogo, três pássaros circularam pelo canto próximo das sociais do estádio, do lado esquerdo, quando a bola não aparecia por ali.

 

*André Pugliesi, especial para a FPF